segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Vídeo - Parte 3.


Confiram a terceira parte da entrevista com o Professor Doutor Franco Calderaro, da Universidade de Guarulhos.

Nesta parte, o professor explica qual a importância da doença


Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=zRny6Wic5hM&feature=youtu.be 

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Vídeo - Parte 2.


Confiram a segunda parte da entrevista com o Professor Doutor Franco Calderaro, da Universidade de Guarulhos.

Nesta parte, o professor esclarece de que maneira a infecção ocorre.



CRMV-SP reúne especialistas para discutir ações contra o mormo

CRMV-SP reúne especialistas para discutir ações contra o mormo

A Comissão Técnica de Equideocultura (CTE) do CRMV-SP realizou reunião ontem (16/9) para discutir a ocorrência de focos de mormo no Estado de São Paulo. Estiveram presentes ao evento 25 profissionais médicos veterinários envolvidos diretamente nas atividades desenvolvidas com Grandes Animais nos hospitais veterinários das universidades de todo Estado, além de representante da Secretaria de Estado da Saúde.
A abertura do evento contou com a participação do presidente do CRMV-SP, Mário Eduardo Pulga, que destacou a importância da discussão desta zoonose. “Estamos muito preocupados com a questão do trânsito de animais entre as propriedades rurais e os hospitais veterinários das universidades, principalmente no que tange aos procedimentos em relação ao diagnóstico do mormo”, disse Pulga.
A reunião teve como objetivo obter a colaboração dos especialistas para a elaboração de um documento que alerte as autoridades e a sociedade sobre a importância da problemática do mormo para a Saúde Única e sugira ações conjuntas de enfrentamento à doença. A CTE ficará responsável por elaborar o documento final.
Durante o evento, a Secretária de Estado da Saúde solicitou que além do documento de alerta, sejam enviados à pasta comunicados periódicos sobre a ocorrência de focos de mormo para que sejam tomadas as devidas providências no que se refere a manutenção da saúde das comunidades próximas.


quarta-feira, 21 de outubro de 2015

O QUE É MORMO?

O mormo, também conhecido como “Lamparão” ou “Catarro de Burro” é uma doença infecto-contagiosa causada pela bactéria Burkholderia mallei , que acomete principalmente equídeos (equinos, asininos e muares) e pode atingir outras espécies, como pequenos ruminantes,cães, gatos e inclusive o homem; portanto uma zoonose. É endêmica em eqüídeos da região Nordeste brasileira e, nos últimos anos, as regiões Centro-oeste, Sudeste e Sul do país, anteriormente consideradas livres, tiveram casos notificados com números crescentes de focos.

MORMO: SINTOMAS NOS ANIMAIS

O período de incubação da doença é variável de uma semana a meses dependendo do estado imunológico e condição sanitária dos animais. Nos equídeos - equinos, asininos e muares - os principais sintomas são emagrecimento progressivo, febre, quadro respiratório com secreção nasal purulenta, com ou sem sangue, tosse, úlceras em mucosas, granulomas na pele que ulceram e cicatrizam em forma de estrela, e nódulos seqüenciais em cadeias linfáticas, conferindo aspecto de rosário. Na infecção crônica, a secreção nasal é mais discreta, confundindo-se com outras afecções respiratórias. Dissemina-se facilmente entre eqüídeos pelo contato com feridas e secreções muco purulentas do animal doente ou indiretamente por meio de bebedouros, comedouros ou equipamentos de uso comum contaminados. Muitas vezes, os animais são assintomáticos e portanto portadores da bactéria e mantenedores da infecção no grupo.

MORMO: TRANSMISSÃO PARA HUMANOS

O homem se infecta pelo contato com feridas e secreções muco purulentas; pela inalação de aerossóis e poeira contaminadas com secreção durante a lida com eqüídeos, cães e gatos infectados; na realização de necrópsias; no uso de instrumentos contaminados; e no manuseio de amostras clínicas de animais doentes no laboratório. Por isso, o mormo é considerado uma doença ocupacional para médicos veterinários, treinadores e tratadores. A transmissão entre pessoas é rara, apesar de ser possível pelo contato com secreções e feridas. O contato sexual e a amamentação não devem ser estimulados durante a vigência da doença.

MORMO: SINTOMAS EM HUMANOS

Em humanos, a doença normalmente se manifesta no período entre cinco a 14 dias após a infecção. Tanto no equino como no homem, a bactéria localiza-se nos pulmões, mucosa do nariz, laringe e traquéia. Inicialmente os sintomas podem ser inespecíficos, como mal estar geral, enjôo, perda de apetite, tontura, dor muscular e forte dor de cabeça. Posteriormente, evoluem com febre, suor noturno, diarréia, úlceras em mucosas, pústulas e abscessos cutâneos em diversas partes do corpo, gânglios doloridos, secreção nasal purulenta, edema da face, nariz e septo nasal, dificultando a passagem do ar. O resultado são pneumonia e broncopneumonia.

MORMO: COMO DIAGNOSTICAR

O diagnóstico deve levar em conta aspectos clínico-epidemiológicos, anátomo-patológicos e os resultados de exames dos animais, para os quais várias técnicas laboratoriais estão disponíveis, como previsto na Instrução Normativa 24 do MAPA. O diagnóstico do mormo em humanos pode ser feito por cultivo e principalmente por PCR de amostras clínicas de sangue e das lesões. O raio-x do pulmão é indicado para avaliar o comprometimento deste órgão, mas não serve para confirmar o diagnóstico da doença de mormo. O diagnóstico humano conta com o serviço do Ambulatório de Zoonoses do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Avenida Doutor Arnaldo, 165 – São Paulo. Telefone: 3896-1200. E-mail: marcos.silva@emilioribas.sp.gov.br . As consultas podem ser agendadas por telefone ou no site do hospital

MORMO: TRATAMENTO E PREVENÇÃO

Até o presente momento não há tratamento ou vacina para animais confirmados positivos. Estes devem ser sacrificados e as propriedades interditadas até que sejam liberadas como livres de mormo pelo Serviço Veterinário Oficial.
Em humanos, o tratamento é feito a base de antibióticos e deve ser iniciado imediatamente, em ambiente hospitalar, pois a mortalidade para indivíduos não tratados pode chegar a 90%. Dentre os que recebem tratamento adequado, o sucesso pode ser de apenas 50% dos casos.
Para prevenção, é recomendada a utilização de equipamentos de proteção individual na lida com animais. Não existem vacinas disponíveis.

MORMO: COMO PROTEGER OS MEUS ANIMAIS

Mantenha sempre em dia os exames de seus animais, incluindo mormo. Não permitia a entrada de animais sem atestado sanitário em sua propriedade. Não participe de feiras e eventos onde não haja controle sanitário oficial. Divulgue o assunto entre as entidades e sociedades do meio equestre, conscientizando-as do risco real que o mormo representa para todos. Consulte sempre o médico-veterinário.

MORMO: O PAPEL DO MÉDICO VETERINÁRIO

O Médico Veterinário tem papel fundamental para o controle do mormo, grave doença infectocontagiosa. Deve instruir proprietários, tratadores, treinadores e demais profissionais que diretamente se relacionam com animais, para que adotem boas práticas de proteção individual, evitando contato direto com material biológico, preservando a própria saúde e alertar para que não se constituam em agente de disseminação da doença.

MORMO: IMPACTO ECONÔMICO NO BRASIL


Por se tratar de uma das doenças de notificação obrigatória, pela Organização Mundial de Saúde Animal, os órgãos sanitários oficiais dos países vizinhos adotam medidas de controle desta doença em seus territórios e fecham as fronteiras com o Brasil, o que acarreta transtornos e prejuízos para a equideocultura nacional. Medidas internas para contenção do avanço do mormo no Brasil são onerosas e também sentidas pelo mercado interno. Os principais fatores são a obrigatoriedade do diagnóstico, notificação de positividade aos órgãos públicos de vigilância, sacrifício dos animais positivos e interdição da propriedade, inviabilizando a equideocultura.

Referência:
site: http://www.crmvsp.gov.br/site/noticia_ver.php?id_noticia=5519

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Vídeo - Parte 1. 


Entrevista exclusiva com o Professor Doutor Franco Calderaro.

Vejam a 1° parte da entrevista feita com o Professor da Universidade de Guarulhos-UNG, explicando sobre essa importante enfermidade.


domingo, 18 de outubro de 2015

Brasil registra mais de 150 casos de mormo em 2015 


Dados do Ministério da Agricultura mostram também que foram 202 casos da doença em 2014 .
O Brasil registrou em 2015 mais de 155 casos de mormo em 12 estados, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Rio Grande do Sul já apresentaram casos da doença neste ano. 



Como efeito comparativo, o MAPA contabilizou em 2014, 202 registros de casos de Mormo no território brasileiro.

fonte: www.canalrural.com.br

sábado, 10 de outubro de 2015


Justiça evita que égua com suspeita de mormo seja sacrificada no RS

Outro cavalo também será preservado até que sejam feitos novos exames.
Até agora, nove casos da doença, que não tem cura, já foram registrados.



Uma ação judicial movida por vereadores de Alegrete, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, impede que dois cavalos com suspeita de mormo sejam sacrificados, ao menos enquanto não forem realizados novos exames para comprovar o diagnóstico da doença. Até o momento, o estado já tem nove casos confirmados.
Quando o resultado do exame é positivo, a inspetoria veterinária sacrifica os animais contaminados. No caso de Alegrete, a decisão da Justiça é válida até que análises mais específicas sejam realizadas para confirmar que os equinos têm mesmo a doença.
A notícia foi um alívio para a proprietária da égua Bionda. “Faz parte da família, nascida ali, criada ali. Meus netos pequenininhos andavam a cavalo, os filhos já são todos criados. Eu nem sei lhe dizer a tristeza que a gente já tem, imagina o que poderá ter”, diz a dona de casa Inda Claras da Conceição.
Aos 12 anos, Bionda passou por vários exames desde agosto, e foi mantida isolada na periferia de Alegrete. Há uma semana, chegou o resultado positivo do exame de maleína no animal, feito por um médico veterinário da inspetoria. De acordo com a legislação do Ministério da Agricultura, a prova é suficiente para considerar o caso como doença e determinar o sacrifício do cavalo.
“Ele falou que aquilo podia nos contaminar. Eu dou água pra ela num balde com uma manga, né. Ela tem um balde onde ela come a comida dela. Agente não se aproxima dali e assim, contato com ela diretamente assim, de passar a mão, de acariciar, não”, comenta a dona do animal.
No domingo (27), o apelo de Inda ganhou apoio. Um grupo de estudantes fez uma caminhada no centro de Alegrete, pedindo que o animal não seja sacrificado.
“Não conhecia a família, depois que a gente conheceu a gente viu o estado deles, que eles estavam bem tristes, desacreditados e preocupados também pela égua ser criada desde pequena com eles”, explica a estudante de Direito Janini Silveira de Souza.
Sobre a decisão juidicial, a inspetoria veterinária disse que segue a lei e as orientações do Ministério da Agricultura para fazer os exames e detectar a doença. Até agora, foram identificados casos nas cidades de Rolante (um caso), Uruguaiana (um foco com um caso positivo), Alegrete (um caso e um foco), Santo Antônio das Missões (um foco com cinco casos), além do registro mais recente em São Jorge (um foco e um caso).

A doença

O mormo é uma doença infecciosa que não tem tratamento e pode atingir equinos e humanos. Quando infectado, o cavalo precisa ser sacrificado e cremado. A doença é transmitida pelo contato com o material infectante, tanto diretamente com secreções do doente, quanto indiretamente por meio de bebedouros, comedouros ou equipamentos contaminados.
Em humanos, a doença normalmente se manifesta em até 14 dias. A contaminação acontece pelo contato com animais doentes, fômites contaminados, tecidos ou culturas bacterianas em laboratórios. Os sintomas são febre, lesões com pus, edema de septo nasal, pneumonia e abscessos em diversas partes do corpo. A doença é de difícil tratamento e quase sempre fatal.
No Rio Grande do Sul, o risco de contágio do mormo levou pelo menos 118 prefeituras a cancelarem os desfiles farroupilhas em 2015, segundo levantamento divulgado pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).
28/09/2015 08h56 - Atualizado em 28/09/2015 08h56

Exame descarta caso de mormo em paciente internado em Livramento

Jovem de 19 anos, em estado grave, apresentava sintomas da doença.
Doença que atinge equinos voltou a ser registrada no estado em junho.

Do G1 RS
Paciente de 19 anos está internado na Santa Casa de Santana do Livramento (Foto: Reprodução/RBS TV)Jovem de 19 anos está internado na Santa Casa de
Santana do Livramento (Foto: Reprodução/RBS TV)
A Vigilância Epidemiológica de Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, descartou um caso de mormo humano em um paciente que está internado na Santa Casa do município. O resultado do exame, que deu negativo para a doença, foi divulgado nesta segunda-feira (24). 
O exame foi feito pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), em Porto Alegre. O jovem trabalhador rural, de 19 anos, continua internado na UTI da Santa Casa em estado gravíssimo. Novos exames vão ser feitos para diagnosticar que tipo de bactéria ela contraiu.
O jovem foi internado na última segunda-feira (17) após ter sofrido uma intoxicação por um pesticida. Segundo o diretor técnico do hospital, Antônio Cabrera, ele apresentava sintomas compatíveis com a doença do mormo.
O mormo provoca problemas respiratórios nos equinos e pode ser transmitido para seres humanos, podendo levar à morte. A doença era considerada erradicada do Estado, até o aparecimento do primeiro caso em junho em Rolante, no Vale do Paranhana.
Por causa do mormo, pelo menos seis cidades do Rio Grande do Sul já cancelaram o desfile de 20 de Setembro. Até a sexta-feira (21), 11 casos suspeitos de contágio em equinos estavam em análise pelas autoridades no estado.
24/08/2015 11h56 - Atualizado em 24/08/2015 12h01

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Mais dois cavalos são diagnosticados com mormo, em GO

Doença é infectocontagiosa e pode ser transmitida para o homem.
Desde outubro, Agrodefesa registrou nove casos da enfermidade no estado.

Do G1 GO


A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) identificou, em julho, mais dois casos de cavalos com mormo em Goiás, sendo um em Caldazinha e outro em Bela Vista de Goiás, cidades na Região Metropolitana de Goiânia. A doença é infectocontagiosa e pode ser transmitida para o homem.
A enfermidade não era registrada no estado desde a década de 1960 até que em outubro do ano passado uma égua foi diagnosticada com mormo na sede da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA). O animal foi sacrificado. Desde então, no total, já são nove casos identificados da doença em Goiás.
Doença
O mormo é causado por uma bactéria transmitida por secreções do animal doente, como urina, fezes e secreção nasal. Dentre os sintomas provocados nos cavalos estão febre, emagrecimento e pneumonia.
Não existe vacina para a doença e a orientação do Ministério da Agricultura é sacrificar o animal infectado. Dos animais doentes em Goiás, cinco já foram abatidos. Os proprietários dos demais entraram com ação na Justiça para impedir a morte dos equinos. Os processos estão em andamento.
Cavalos são mantidos isolados após diagnóstico de mormo na Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura, em Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Após diagnóstico de mormo, cavalos devem ser isolados (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

http://g1.globo.com/goias/noticia/2015/08/mais-dois-cavalos-sao-diagnosticados-com-mormo-em-go.html

domingo, 30 de agosto de 2015

Aumenta o número de casos de mormo no Brasil - 27/04/2014

Doença, que já foi restrita ao Nordeste, atinge hoje 13 estados. 
Criadores questionam exames recomendados pelo Ministério da Agricultura.


O mormo é uma doença silenciosa que atinge cavalos. O número de casos vem aumentando no Brasil. Para identificar a doença nos animais dois exames são recomendados pelo Ministério da Agricultura, mas eles estão sendo questionados na justiça por um criador de Jundiaí, em São Paulo.
O criador Marcelo Malzone já perdeu a conta de quantos títulos os cavalos dele ganharam em competições no Brasil e no exterior. Há 40 anos ele cria animais da raça brasileiro de hipismo em Jundiaí, em São Paulo.
Ele vende embriões e potros, mas há um ano, nenhum cavalo entra ou sai da propriedade, que está interditada por ser considerada um foco de mormo. Quatro animais tiveram que ser sacrificados.
“Meu prejuízo foi de um milhão, dos próprios animais, mais todos o resultados que esses animais dariam ao longo de todos esses anos com venda de embriões”, declara Malzone.
A doença não tem tratamento. Os animais infectados têm que ser sacrificados. O mormo é causado pela bactéria burkholderia mallei e atinge os cavalos, jumentos, burros e mulas.
Os sintomas são febre alta, tosse e secreção nasal. Podem aparecer também nódulos no nariz e nos pulmões dos animais, além de feridas nos membros. A transmissão acontece através de secreções dos animais doentes que contaminam principalmente os  bebedouros. O mormo é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitido ao homem. Tanto em animais quanto em humanos pode levar à morte.
Desde que teve a propriedade interditada, Marcelo Malzone vem travando uma batalha judicial. Ele questiona os exames utilizados pelo Ministério da Agricultura. “Dos animais que apresentaram resultado positivo nos exames, nenhum apresentava sintoma. O problema não é do sacrifício. Agora, você não pode sacrificar um animal que não tem nada”, afirma o criador.
O teste que identifica o mormo é chamado de "fixação de complemento" e detecta os anticorpos contra a doença no soro do animal.  Ele é o recomendado pela Organização Mundial de Saúde Animal.  Quando o resultado é positivo ou inconclusivo, deve ser feita uma contra-prova - o teste de maleína.
Para o veterinário da propriedade, o primeiro teste, o de fixação de complemento, não é preciso.
“Ele pode estar contaminado com alguma outra bactéria, que faça com que tenha essa produção de anticorpo, mas não significa que o animal está contaminado com a bactéria do mormo em si. Então a produção de anticorpo vai ser feita pelo animal, o exame vai detectar esse anticorpo, mas isso não caracteriza o animal com a bactéria”, explica Werner Riekes, veterinário.
Uma das éguas da propriedade, que é reprodutora, já passou por três baterias de exames junto com todo o plantel. Nos dois primeiros, o resultado foi negativo, mas no último exame, deu positivo para mormo.
Ela deveria ser sacrificada, mas Marcelo Malzone chegou a conseguir na justiça uma liminar para fazer outro teste de contraprova no exterior, em vez do exame de maleína.  “No sentido de poder fazer o exame de PCR, que é o único exame que de fato identifica a bactéria mallei, que é bactéria do mormo”, afirma.
Depois que o Globo Rural entrevistou o criador, a liminar foi derrubada. A coordenadoria de defesa agropecuária de São Paulo informou que vai fazer os  procedimentos necessários para sacrificar o animal. A produção do programa tentou novamente um contato com Marcelo Malzone, mas ele está fora do país, e a família ainda não sabe dizer quais serão os próximos passos.
Casos de mormo também foram notificados no regimento de Polícia Montada Nove de Julho, em São Paulo. O batalhão ficou interditado por oito meses. Vinte e dois cavalos foram sacrificados, 17 só no mês de fevereiro.
“Um animal que estava com seu policial há cinco ou seis anos de trabalho, é como se fosse um filho, então, quando chega a notícia que eu vou ter que sacrificar um, dois, dezesseis animais, realmente é impactante”, declara o tenente Rafael Silva Gouveia.
Os cavalos abatidos na Polícia Militar de São Paulo também não tinham sintomas da doença. “Começou com o teste da fixação de complemento, que é um exame de sangue, e a complementação deste teste com o exame da maleína. Este teste é muito contestado, não só aqui. Depois que começamos a passar pelo problema vimos que no Brasil esse teste é muito contestado”, conta o tenente.
A interdição só acabou depois que todos os cavalos passaram por duas rodadas de exames de mormo com resultados negativos. Pra entender como é feito o diagnóstico do mormo, o Globo Rural esteve em um dos laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura em São Paulo.
Todos os dias amostras de sangue vindas de todo o país chegam principalmente pelo correio. São feitos em média três mil testes de fixação de complemento por mês. O resultado sai em 24 horas.
A veterinária Claudia Kerber, responsável pelo laboratório, defende o exame. “Todos os testes tem limitações. O teste de fixação de complemento é um teste famoso, porque ele não dá falso positivo. Falso positivo aqui nesse laboratório é um falso positivo pra cada cinco mil exames. O defeito é que ele deixa passar alguns animais que são positivos e que o exame não detecta”, declara.
A veterinária afirma ainda que o teste não dá reações cruzadas com outras bactérias e explica por que muitos cavalos sacrificados não tem sintomas de mormo. “Você olhar para o cavalo e saber que ele tem mormo, não é uma coisa muito comum. Dificilmente você vai ver um cavalo adoecer e morrer rapidamente. O que acontece é que o cavalo geralmente desenvolve o que a gente chama de doença na forma crônica. Ele fica tendo alguns sintomas tipo, uma febre, alguma coisa que se assemelha a uma gripe, alguma pneumonia que foi tratada. Ele permanece um tempo bem e dali um tempo ele tem de novo aquele sinal”, informa.
Em Brasília, Egon Vieira da Silva, chefe da divisão de sanidade dos equídeos do Ministério da Agricultura diz que o teste de fixação de complemento vai continuar a ser usado para identificar os casos de mormo. Mas anuncia que em breve, o exame de contra prova, o de maleína,  será substituído.
O Ministério tem procurado técnicas com maior sensibilidade, especificidade. Provavelmente sendo substituído numa revisão da norma, a ser publicado até final de maio deste ano agora, pela técnica de western blotting.  Que é uma metodologia muito mais sensível para o diagnostico do mormo.
Enquanto a mudança não acontece, a preocupação é com o controle da doença. Antes só registrada no nordeste agora também atinge estados no Norte e no Sudeste. O número de casos vem crescendo. Em 2012, foram 76; no ano passado, 114.
“O problema é que o equídeo ele circula, principalmente equídeo de esporte, circula no Brasil inteiro, e existe um aumento muito grande desses esportes com este tipo de animal. O que se exige hoje é que onde tem aglomeração de equídeos, é que todos animais participantes tenham um resultado negativo de teste de fixação para o mormo. A forma que a gente tem de minimizar a propagação da doença”, diz. A doença só é transmitida para os humanos quando há contato direto com feridas ou secreções. Por isso, é importante usar luvas para tratar de animais com suspeita de mormo.


Caso de mormo provoca suspensão de competição com cavalos no RS - G1 03/06/2015

Ocorrência da doença foi constatada em Rolante, no Vale do Paranhana.
Etapa do Freio de Ouro em Santo Ângelo foi adiada devido à enfermidade.

Do G1-RS.  03/06/2015

A Secretaria da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul confirmou um caso de mormo em um cavalo em Rolante, no Vale do Paranhana. Com isso, a pasta irá adotar medidas para prevenir e controlar a doença, que é infecciosa. A constatação do foco ainda provocou alteração no calendário do Freio de Ouro, tradicional competição entre os cavalos crioulos.
A etapa de Santo Ângelo, que começaria nesta quarta (3), foi cancelada. O transporte de equinos fica suspenso para evitar a propagação da doença. O evento ficou reagendado para acontecer entre os dias 2 e 5 de julho.
O mormo é uma doença silenciosa que atinge cavalos. Os sintomas são febre alta, tosse e secreção nasal. Podem aparecer também nódulos no nariz e nos pulmões dos animais, além de feridas nos membros. A transmissão acontece através de secreções dos animais doentes que contaminam principalmente os  bebedouros. O mormo é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitido ao homem. Tanto em animais quanto em humanos pode levar à morte.
Em caso de suspeitas da doença, o produtor ou criador deve notificar o caso  imediatamente às autoridades, para que sejam adotadas as medidas sanitárias pertinentes.
Abaixo, a nota emitida pela Secretaria Estadual da Agricultura e Pecuária:
"Tendo em vista a detecção de um equino positivo para Mormo no município de Rolante, no Vale do Paranhana no Rio Grande do Sul, a Coordenação Estadual do Programa Nacional de Sanidade de Equídeos, da Divisão de Defesa Sanitária Animal do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA), com objetivo de sanear o foco e impedir a disseminação da enfermidade, está adotando as medidas de defesa sanitária animal em consonância com as ações de prevenção e controle de Mormo, previstas na Instrução Normativa nº 024 de 05/04/2004, publicada pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA.
Mormo é uma enfermidade de equídeos que causa febre, úlceras na mucosa nasal, descarga nasal purulenta ou sanguinolenta, abscessos nos linfonodos e dispnéia. É uma das doenças de Notificação Obrigatória ao Serviço Veterinário Oficial conforme a Instrução Normativa/MAPA nº 50 de 24/09/13, doença infecciosa que acomete equídeos e trata-se de importante zoonose.
Portanto, toda suspeita de mormo deve ser notificada imediatamente a SEAP, através de suas Inspetorias de Defesa Agropecuária para que sejam adotadas as medidas sanitárias pertinentes.
Em caso de dúvidas o produtor ou criador pode consultar a IDA de seu município, a lista com as IVZ responsáveis pelos municípios com telefone e endereço está disponível no site da Secretaria da Agricultura e Pecuária"
.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Suspeita de Mormo em Humano no Rio Grande do Sul

Jovem de 19 anos, foi internado na segunda-feira, dia 17/08/2015, com suspeita de ter contraído a doença. na Santa Casa de Santana do Livramento (RS).
A suspeita se deve ao surgimento de animais detectados com mormo desde de Junho desse ano no estado. Os exames do jovem apresentam uma grande alteração nos glóbulos brancos, indicando desta maneira uma infecção bacteriana, não sendo descartada a possibilidade do jovem ter contraído o mormo, como afirma o diretor do hospital Antônio Cabrera ao G1 no dia 21/08/15.

Confiram a reportagem no link:
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2015/08/hospital-suspeita-de-caso-de-doenca-do-mormo-em-humano-no-rs.html


quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O Mormo, também conhecido como lamparão, é uma doença infecto-contagiosa que acomete equídeos e tem como agente etiológico a bactéria Burkholderia mallei; pode também ser contraída por outros animais como o cão, gato, bode e até o homem. Esta enfermidade é conhecida a vários séculos e no anos de 1968, foi considerada extinta no Brasil. No entanto, estudos sorológicos realizados nos anos de 1999 e 2000 detectaram a presença da doença em alguns estados donordeste brasileiro. Já nos Estados Unidos e na Europa, esta doença foi erradica; na África e Ásia frequentemente é diagnosticada.
A infecção por esta bactéria se da através do contato com fluídos corporais dos animais doentes, como: pús, urina, secreção nasal e fezes. Este agente pode penetrar no organismo pela via digestiva, respiratória, genital ou cutânea (através de alguma lesão), alcançando a circulação sanguínea, indo alojar-se em alguns órgãos, em especial, nos pulmões e fígado. Esta bactéria possui um período de incubação de aproximadamente 4 dias.
Esta doença pode apresentar-se na forma aguda ou crônica, de modo que a primeira é mais comum nos asininos e muares e a segunda, em equinos. Na forma aguda, os sintomas apresentados pelos animais são: febre, prostração, fraqueza e anorexia; surgimento de pústulas na mucosa nasal que viram úlceras profundas que geram uma descarga purulenta, tornando-se sanguinolenta posteriormente; formação de abscessos nos linfonodos/">linfonodos, podendo comprometer o aparelho respiratório surgindo dispnéia. Já a forma crônica localiza-se na pele, fossas nasais, laringe,traquéia, pulmões (evolução mais lenta do que a aguda); a localização cutânea pode ser similar à aguda, no entanto mais branda.
O diagnóstico pode ser feito através de técnicas diretas, através do isolamento bacteriano e inoculação em cobaias, e pode também, ser feito através de técnicas indiretas, como pesquisa deanticorpos através da fixação do complemento e ELISA.
O tratamento não é indicado, pois os animais permanecem infectados por toda a vida, tornando-se fontes de infecção para outros animais. Porém, quando é realizado, recomenda-se o uso de produtos a base de sulfas, em especial, sulfadiazina durante 20 dias.
O controle do mormo é baseado no isolamento da área que contém animais doentes, sacrifício destes animais positivos, isolamento e reteste dos suspeitos, cremação dos corpos dos infectados, desinfecção das instalações e todo o material que entrou em contato com os doentes. Deve também ser feito um rigoroso controle do trânsito de animais entre os estados e internacionalmente, com apresentação de resultados negativos de testes realizados até, no máximo, 15 dias antes do embarque dos animais.
Fontes: 
http://www.vallee.com.br/doencas.php/3/48
http://www.mgar.com.br/zoonoses/aulas/aula_mormo.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mormo
http://www.saudeanimal.com.br/mormo.htm
http://www.defesaagropecuaria.al.gov.br/sanidade-animal/mormo
http://nrce.nic.in/resach.htm

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Mormo ou Lamparão, como é conhecida em alguns locais, é uma doença infectocontagiosa, causada por uma bactéria, que acomete mais os cavalos, burros e mulas, mas ocasionalmente, pode acometer ovelhas, cabritos e em alguns casos cães e gatos, quando estes tem contato com cavalos. Um dos grandes problemas que esta doença causa é de poder ser transmitida ao homem, desta maneira, pessoas que tem contato com cavalos devem tomar cuidado redobrado.
Os animais portadores desta doença podem apresentar sinais clínicos diferenciados, o que vai depender da fase em que se encontrarem da doença, podendo apresentar corrimentos nasais, nódulos por todo o corpo e catarro abundante. Na fase inicial da doença estes animais podem apresentar Febre, Fraqueza, Desânimo, Feridas nas Narinas, que em seguida podem aumentar de tamanho com um líquido amarelado e em algumas vezes contendo inclusive sangue, além de apresentarem Respiração Irregular.
Algumas medidas simples podem ser feitas para evitar que trabalhadores adquiram a doença, como por exemplo evitar o contato com as secreções de possíveis animais portadores da doença, assim como evitar também o acúmulo de fezes nas baias e cocheiras.




Em breve mais informações.
Participem, deixando sua opinião e dúvidas!!!

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Significado de Mormo, segundo o dicionário Michaelis:

Doença infecciosa do gado cavalar e asinino, que ocasiona inflamação da membrana pituitária, com corrimento de pus pelas vias nasais.