segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Vídeo - Parte 3.


Confiram a terceira parte da entrevista com o Professor Doutor Franco Calderaro, da Universidade de Guarulhos.

Nesta parte, o professor explica qual a importância da doença


Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=zRny6Wic5hM&feature=youtu.be 

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Vídeo - Parte 2.


Confiram a segunda parte da entrevista com o Professor Doutor Franco Calderaro, da Universidade de Guarulhos.

Nesta parte, o professor esclarece de que maneira a infecção ocorre.



CRMV-SP reúne especialistas para discutir ações contra o mormo

CRMV-SP reúne especialistas para discutir ações contra o mormo

A Comissão Técnica de Equideocultura (CTE) do CRMV-SP realizou reunião ontem (16/9) para discutir a ocorrência de focos de mormo no Estado de São Paulo. Estiveram presentes ao evento 25 profissionais médicos veterinários envolvidos diretamente nas atividades desenvolvidas com Grandes Animais nos hospitais veterinários das universidades de todo Estado, além de representante da Secretaria de Estado da Saúde.
A abertura do evento contou com a participação do presidente do CRMV-SP, Mário Eduardo Pulga, que destacou a importância da discussão desta zoonose. “Estamos muito preocupados com a questão do trânsito de animais entre as propriedades rurais e os hospitais veterinários das universidades, principalmente no que tange aos procedimentos em relação ao diagnóstico do mormo”, disse Pulga.
A reunião teve como objetivo obter a colaboração dos especialistas para a elaboração de um documento que alerte as autoridades e a sociedade sobre a importância da problemática do mormo para a Saúde Única e sugira ações conjuntas de enfrentamento à doença. A CTE ficará responsável por elaborar o documento final.
Durante o evento, a Secretária de Estado da Saúde solicitou que além do documento de alerta, sejam enviados à pasta comunicados periódicos sobre a ocorrência de focos de mormo para que sejam tomadas as devidas providências no que se refere a manutenção da saúde das comunidades próximas.


quarta-feira, 21 de outubro de 2015

O QUE É MORMO?

O mormo, também conhecido como “Lamparão” ou “Catarro de Burro” é uma doença infecto-contagiosa causada pela bactéria Burkholderia mallei , que acomete principalmente equídeos (equinos, asininos e muares) e pode atingir outras espécies, como pequenos ruminantes,cães, gatos e inclusive o homem; portanto uma zoonose. É endêmica em eqüídeos da região Nordeste brasileira e, nos últimos anos, as regiões Centro-oeste, Sudeste e Sul do país, anteriormente consideradas livres, tiveram casos notificados com números crescentes de focos.

MORMO: SINTOMAS NOS ANIMAIS

O período de incubação da doença é variável de uma semana a meses dependendo do estado imunológico e condição sanitária dos animais. Nos equídeos - equinos, asininos e muares - os principais sintomas são emagrecimento progressivo, febre, quadro respiratório com secreção nasal purulenta, com ou sem sangue, tosse, úlceras em mucosas, granulomas na pele que ulceram e cicatrizam em forma de estrela, e nódulos seqüenciais em cadeias linfáticas, conferindo aspecto de rosário. Na infecção crônica, a secreção nasal é mais discreta, confundindo-se com outras afecções respiratórias. Dissemina-se facilmente entre eqüídeos pelo contato com feridas e secreções muco purulentas do animal doente ou indiretamente por meio de bebedouros, comedouros ou equipamentos de uso comum contaminados. Muitas vezes, os animais são assintomáticos e portanto portadores da bactéria e mantenedores da infecção no grupo.

MORMO: TRANSMISSÃO PARA HUMANOS

O homem se infecta pelo contato com feridas e secreções muco purulentas; pela inalação de aerossóis e poeira contaminadas com secreção durante a lida com eqüídeos, cães e gatos infectados; na realização de necrópsias; no uso de instrumentos contaminados; e no manuseio de amostras clínicas de animais doentes no laboratório. Por isso, o mormo é considerado uma doença ocupacional para médicos veterinários, treinadores e tratadores. A transmissão entre pessoas é rara, apesar de ser possível pelo contato com secreções e feridas. O contato sexual e a amamentação não devem ser estimulados durante a vigência da doença.

MORMO: SINTOMAS EM HUMANOS

Em humanos, a doença normalmente se manifesta no período entre cinco a 14 dias após a infecção. Tanto no equino como no homem, a bactéria localiza-se nos pulmões, mucosa do nariz, laringe e traquéia. Inicialmente os sintomas podem ser inespecíficos, como mal estar geral, enjôo, perda de apetite, tontura, dor muscular e forte dor de cabeça. Posteriormente, evoluem com febre, suor noturno, diarréia, úlceras em mucosas, pústulas e abscessos cutâneos em diversas partes do corpo, gânglios doloridos, secreção nasal purulenta, edema da face, nariz e septo nasal, dificultando a passagem do ar. O resultado são pneumonia e broncopneumonia.

MORMO: COMO DIAGNOSTICAR

O diagnóstico deve levar em conta aspectos clínico-epidemiológicos, anátomo-patológicos e os resultados de exames dos animais, para os quais várias técnicas laboratoriais estão disponíveis, como previsto na Instrução Normativa 24 do MAPA. O diagnóstico do mormo em humanos pode ser feito por cultivo e principalmente por PCR de amostras clínicas de sangue e das lesões. O raio-x do pulmão é indicado para avaliar o comprometimento deste órgão, mas não serve para confirmar o diagnóstico da doença de mormo. O diagnóstico humano conta com o serviço do Ambulatório de Zoonoses do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Avenida Doutor Arnaldo, 165 – São Paulo. Telefone: 3896-1200. E-mail: marcos.silva@emilioribas.sp.gov.br . As consultas podem ser agendadas por telefone ou no site do hospital

MORMO: TRATAMENTO E PREVENÇÃO

Até o presente momento não há tratamento ou vacina para animais confirmados positivos. Estes devem ser sacrificados e as propriedades interditadas até que sejam liberadas como livres de mormo pelo Serviço Veterinário Oficial.
Em humanos, o tratamento é feito a base de antibióticos e deve ser iniciado imediatamente, em ambiente hospitalar, pois a mortalidade para indivíduos não tratados pode chegar a 90%. Dentre os que recebem tratamento adequado, o sucesso pode ser de apenas 50% dos casos.
Para prevenção, é recomendada a utilização de equipamentos de proteção individual na lida com animais. Não existem vacinas disponíveis.

MORMO: COMO PROTEGER OS MEUS ANIMAIS

Mantenha sempre em dia os exames de seus animais, incluindo mormo. Não permitia a entrada de animais sem atestado sanitário em sua propriedade. Não participe de feiras e eventos onde não haja controle sanitário oficial. Divulgue o assunto entre as entidades e sociedades do meio equestre, conscientizando-as do risco real que o mormo representa para todos. Consulte sempre o médico-veterinário.

MORMO: O PAPEL DO MÉDICO VETERINÁRIO

O Médico Veterinário tem papel fundamental para o controle do mormo, grave doença infectocontagiosa. Deve instruir proprietários, tratadores, treinadores e demais profissionais que diretamente se relacionam com animais, para que adotem boas práticas de proteção individual, evitando contato direto com material biológico, preservando a própria saúde e alertar para que não se constituam em agente de disseminação da doença.

MORMO: IMPACTO ECONÔMICO NO BRASIL


Por se tratar de uma das doenças de notificação obrigatória, pela Organização Mundial de Saúde Animal, os órgãos sanitários oficiais dos países vizinhos adotam medidas de controle desta doença em seus territórios e fecham as fronteiras com o Brasil, o que acarreta transtornos e prejuízos para a equideocultura nacional. Medidas internas para contenção do avanço do mormo no Brasil são onerosas e também sentidas pelo mercado interno. Os principais fatores são a obrigatoriedade do diagnóstico, notificação de positividade aos órgãos públicos de vigilância, sacrifício dos animais positivos e interdição da propriedade, inviabilizando a equideocultura.

Referência:
site: http://www.crmvsp.gov.br/site/noticia_ver.php?id_noticia=5519

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Vídeo - Parte 1. 


Entrevista exclusiva com o Professor Doutor Franco Calderaro.

Vejam a 1° parte da entrevista feita com o Professor da Universidade de Guarulhos-UNG, explicando sobre essa importante enfermidade.


domingo, 18 de outubro de 2015

Brasil registra mais de 150 casos de mormo em 2015 


Dados do Ministério da Agricultura mostram também que foram 202 casos da doença em 2014 .
O Brasil registrou em 2015 mais de 155 casos de mormo em 12 estados, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Rio Grande do Sul já apresentaram casos da doença neste ano. 



Como efeito comparativo, o MAPA contabilizou em 2014, 202 registros de casos de Mormo no território brasileiro.

fonte: www.canalrural.com.br

sábado, 10 de outubro de 2015


Justiça evita que égua com suspeita de mormo seja sacrificada no RS

Outro cavalo também será preservado até que sejam feitos novos exames.
Até agora, nove casos da doença, que não tem cura, já foram registrados.



Uma ação judicial movida por vereadores de Alegrete, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, impede que dois cavalos com suspeita de mormo sejam sacrificados, ao menos enquanto não forem realizados novos exames para comprovar o diagnóstico da doença. Até o momento, o estado já tem nove casos confirmados.
Quando o resultado do exame é positivo, a inspetoria veterinária sacrifica os animais contaminados. No caso de Alegrete, a decisão da Justiça é válida até que análises mais específicas sejam realizadas para confirmar que os equinos têm mesmo a doença.
A notícia foi um alívio para a proprietária da égua Bionda. “Faz parte da família, nascida ali, criada ali. Meus netos pequenininhos andavam a cavalo, os filhos já são todos criados. Eu nem sei lhe dizer a tristeza que a gente já tem, imagina o que poderá ter”, diz a dona de casa Inda Claras da Conceição.
Aos 12 anos, Bionda passou por vários exames desde agosto, e foi mantida isolada na periferia de Alegrete. Há uma semana, chegou o resultado positivo do exame de maleína no animal, feito por um médico veterinário da inspetoria. De acordo com a legislação do Ministério da Agricultura, a prova é suficiente para considerar o caso como doença e determinar o sacrifício do cavalo.
“Ele falou que aquilo podia nos contaminar. Eu dou água pra ela num balde com uma manga, né. Ela tem um balde onde ela come a comida dela. Agente não se aproxima dali e assim, contato com ela diretamente assim, de passar a mão, de acariciar, não”, comenta a dona do animal.
No domingo (27), o apelo de Inda ganhou apoio. Um grupo de estudantes fez uma caminhada no centro de Alegrete, pedindo que o animal não seja sacrificado.
“Não conhecia a família, depois que a gente conheceu a gente viu o estado deles, que eles estavam bem tristes, desacreditados e preocupados também pela égua ser criada desde pequena com eles”, explica a estudante de Direito Janini Silveira de Souza.
Sobre a decisão juidicial, a inspetoria veterinária disse que segue a lei e as orientações do Ministério da Agricultura para fazer os exames e detectar a doença. Até agora, foram identificados casos nas cidades de Rolante (um caso), Uruguaiana (um foco com um caso positivo), Alegrete (um caso e um foco), Santo Antônio das Missões (um foco com cinco casos), além do registro mais recente em São Jorge (um foco e um caso).

A doença

O mormo é uma doença infecciosa que não tem tratamento e pode atingir equinos e humanos. Quando infectado, o cavalo precisa ser sacrificado e cremado. A doença é transmitida pelo contato com o material infectante, tanto diretamente com secreções do doente, quanto indiretamente por meio de bebedouros, comedouros ou equipamentos contaminados.
Em humanos, a doença normalmente se manifesta em até 14 dias. A contaminação acontece pelo contato com animais doentes, fômites contaminados, tecidos ou culturas bacterianas em laboratórios. Os sintomas são febre, lesões com pus, edema de septo nasal, pneumonia e abscessos em diversas partes do corpo. A doença é de difícil tratamento e quase sempre fatal.
No Rio Grande do Sul, o risco de contágio do mormo levou pelo menos 118 prefeituras a cancelarem os desfiles farroupilhas em 2015, segundo levantamento divulgado pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).
28/09/2015 08h56 - Atualizado em 28/09/2015 08h56